Invasores biológicos
Vêm de longe, crescem, reproduzem-se e vencem. São plantas e animais que – livres dos seus predadores naturais – ameaçam as espécies nativas. Toda amarelinha, a mimosa é linda. E ainda mais agressiva.
Chegam de partes longínquas, quase sempre pela mão do Homem, e dão-se tão bem, multiplicam-se de tal maneira, que ameaçam a sobrevivência de tudo o resto em volta. Podem ser plantas (como a mimosa, o jacinto-de-água ou o chorão-das-praias), animais (a gambúsia) e até microrganismos que provocam doenças (dos ulmeiros, por exemplo).
Chegam de partes longínquas, quase sempre pela mão do Homem, e dão-se tão bem, multiplicam-se de tal maneira, que ameaçam a sobrevivência de tudo o resto em volta. Podem ser plantas (como a mimosa, o jacinto-de-água ou o chorão-das-praias), animais (a gambúsia) e até microrganismos que provocam doenças (dos ulmeiros, por exemplo).
Todos seguem a mesma estratégia: ocupar o território até torná-lo uniforme. São a versão biológica da globalização.
Chamam-se “invasoras” a estas espécies pois, “uma vez introduzidas, têm a capacidade de multiplicar-se sem a intervenção directa do Homem e com tal sucesso que ameaçam as espécies nativas, eliminando-as completamente em algumas situações”. Em regra, a intenção subjacente à introdução de uma espécie exótica é benigna.
No século XIX, a mimosa, do género Acácia – nativa da Tasmânia, no Sudeste da Austrália – foi cultivada no Litoral e em parques naturais como espécie ornamental e para fixação dos solos. Hoje é, provavelmente, a espécie invasora mais agressiva em sistemas terrestres em Portugal Continental. Está em todo o lado, do Minho ao Algarve, e, como se não bastasse, a sua germinação é estimulada pelo fogo.
Ainda que nem todas as espécies exóticas a introduzir se tornem invasoras, todas devem ser tratadas como tal e só após provada a sua segurança autorizar-se a sua introdução. De outra maneira, o mundo global será não só económico e cultural, mas também biológico. O risco da uniformidade é cada vez mais real.
1 Comments:
At 12/14/2007 12:38 da manhã, Anónimo said…
Viva Ana.
Como aluno finalista do Curso de Biologia Aplicada, em Braga, tenho de te dar os parabéns por este blog. Tratas os temas de forma muito bem estruturada. Se queres saber mais coisas sobre qualquer assunto científico aconselho-te sempre a leres artigos científicos.
Artigos Científicos serão o teu principal menu num curso superior.
Fica bem!
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